quinta-feira, 17 de maio de 2012

Preso


Preso por queres...preso por não a teres...liberdade roubada...contada a cada palavra...discussão que tudo mudou...tudo o que te levou...ser igual...ou diferente que eras...passaram mais de mil primaveras... não vieste cá ver...fizes-te tudo perder...fizes-te o odio ganhar...acreditar então...? onde ele exisitou...? quase um dia no calendário para a minha saída...e eu já tão habituado a esta rotina...agarro nas folhas que escreves-te...lembro-me de todas as presenças que cá tivesses-te...pergunta agora...quase invalidada...data quase retardada...resposta então minha para dar...mas não a vou dar...prefiro assim... prefiro o orgulho ser superior a mim...já que sempre foi considerado alguém assim...mas o que tem haver comigo...? cuidei...tratei tudo da melhor maneira...e é assim...a paga da minha vida inteira...? perdi...não ganhei...ganhou o outro resto...como se tivesse dado o empréstimo...de tudo o que era meu...agora teu por ganancia...ignorância...atitude que nunca cheguei a compreender...só a ver...porque era o meu único direito...sujeito foi mesmo eu...parte da minha estive lá...tu por cá...enquanto nada fazia sentindo nem valor...e dor...? era o que eu sinta...
faltava quase uma hora...já nem era um dia...já tinha tudo arrumado...guardado dentro de mim.. só por aqui...como parte de mim isto já pertencesse...e sabes que mais...a sensação que sentia a cada segundo...era de raiva...não de felicidade como esperava...meti então a mão a chave...como se aquela porta fosse abrir...e o que caia por mim...era lágrimas...de nunca mais poder ver...de nunca mais puder te esquecer...porque não só foram anos...foram recordações...momentos que não só marcaram...mas magoaram...e quando não dou por isso...olho para o relógio... já eram seis da manhã...estava na hora...mas agora sem ninguém...sozinho sem rumo...passou rapido...rapido de mais...como se vinte e quatro horas fossem...e como assumo isto tudo...sem lugar para onde ir...sem sitio para onde seguir... não era fácil este momento...continuava tudo no meu pensamento...começa a decadência da minha parte...deixava de raciocinar... só queria pensar um pouco...tudo me apertava...a liberdade nunca mais chegava...ate a deste dia...deste ate de mais...isso não fazia sentindo...fazia ainda mais perdido...mas tu lá sabias...as coisas que fazias...chegava então a altura...dura...prematura...como se de nada contribuísse para a minha felicidade...na verdade quando cá fora cheguei...nada de ti encontrei...percebi então...que tinha vivo na tua influencia...na tua presença...e tu...tinhas me abandonado...mal tratado...e nunca cheguei a libertar a minha mente...sempre tive dependendente desta prisão...desta toda confusão...que me tronei...não deu certo...só nós mudamos isto tudo...e nunca vimos...agora talvez me culpes...julgues...e digas que foi apenas eu...mas eu sei o que fiz...nunca me esqueci...mas agora tu...tu já nem sei...já nem sei em que parte vou estar...só quero estar num lugar em que nunca mais sabia da minha existência...que nunca mais venhas a ver a minha presença...porque eu...eu não quero ser considerado nem julgado do que fui...


- Levaste e arrumas-te...tanto sentimento como eu por dentro...preso aqui fiquei...mas certo te abandonei...


- Feito dia 17-05-12 das 15:09 continuado das 18:40 ate as 18:56.