sábado, 12 de maio de 2012

Teu lado


Teu lado cansativo...o teu lado mais do cansado...um olhar perturbado...algo que não conheces...pensamento que reconheces...calor instável que te mete medo...um sonho que esconde um segredo...o lado das palavras que imaginas...essa imaginação atormentar o teu coração...pergunta-me então que lado é este...que erro foi esse que cometes-te...que ilusão é esta que vejo...e assim me entregas-te...como se amanhã tu perdoasses...custa então ver...como tudo foi se perder...de novo um calor e uma sombra da tua imagem...e a paisagem mais cinzenta...e a ponta da caneta terminar...agora o meu olhar estranho...como se disse tudo por aqui...e o resto fica-se assim...o silêncio agora inicia...como um toque de algo novo se tratasse...como tudo se agora recuperasse...e nada disto agora imaginasse...porque deste lado eu vejo... alguém disso tambem sinto...e calo...mas nasce um dialogo...algo que te perturba...empurra...como se de nada tratasse...como se nada fosse...mas a mim matasse...é este...será mesmo este...? lugar que nunca esperei...paredes que nunca visitei...e tu...como se tivesses ali...esperasses por mim na altura certa...e quando abrisse a porta...havia só uma nota...nela dizia que estarias sempre presente...apesar de ausente...a tua presença fosse...algo vago então...como se fosse começar a minha solidão...ruas desconhecidas...estradas incertas...ainda que esperança tivesse...por mais nada que houvesse...chamavas então o meu lado realista...protagista...da angustia...desemparado da verdade...alguém que acreditava mais que a realidade...sem tempo..sem lugar...sem margem por onde parar...coração pequeno e grande mente...espaço que larguei...e desacreditei...a tinta da caneta então terminava...historia então acabada...as lágrimas quase a querem se soltar...mas crio o poder das segurar...com a tinta fiquei nas mãos...como o calor fosse tudo então...escondi tudo o que precisava...mas de mais nada precisei...quis viver assim...triste mas aqui cheguei...mas agora te perguntei...que lado é esse que te esconde...que tu perdes e nem onde dizes viver...o que aconteceu...acontecesse...algo que ainda permanece...essa passado que tentas-te por de lado...mas agora vives mesmo ao lado...grande orgulho que tiveste...que tudo sem medo disseste...a dor então foi correndo em mim...como tudo fosse aproveitar como houvesse fim...existia então uma rua sombria e negra...sem qualquer poema...mas como um tema...confuso e obscuro...como sempre eu soubesse de tudo...de novo volto a ver o que é esse lado...como tu aqui tivesses deixado tudo...pergunta-me então a mim...o que faço aqui...? o que foi eu para ti...enquanto deixei o silêncio falar...enquanto deixei tudo passar...respiração profunda foi a minha...enquanto vi as linhas...aquelas margens como se fosses tu a dizer tudo...como a minha reação tivesse acabado...e iniciado um luto...e eu pergunto-me...como se algo inultile se tratasse...porque rasguei e acabei por chorar...como as minhas lágrimas fossem uma maré de um mar...como se nada fosse mudar...como eu continuasse a olhar...e tu para mim fosses ainda esse perdido...que em num lugar foi esquecido...


- lentamente o dia terminou...fui a todos os lugares...mas nada de ti aqui chegou...foste tu quem mudou...? o esse teu lado assim te levou?...


- Feito dia 12-05-12 das 18:58 continuado das 21:00 ate as 21:19.