domingo, 13 de maio de 2012

Ainda falas


Ainda falas...como de superioridade tratasse...como todo o tema me chocasse...amanha então começada...inicio de cada palavra...tudo igual ao que trouxe...tudo isto se tu não fosses...mais um papel amachucado ao pé de mim...algo vindo de mim assim...existe mais uma vez...algo que me trás os porquês...soco entao acabado de dar naquele vidro...este que ficou partido...fiquei sentido...como tu para mim fosses o meu idolo...silêncio então a descrever...como de nada já quisesse saber...abro a porta da rua...fecho ela e não olho para trás...tras-me então a paz...porque o teu eco me pressiona...e emociona...quando não quero...ser sincero...mais do que isto...seria deitar tudo no lixo...que rua então é esta?...que me testa...como se fosse escrever tudo de novo...como eu ainda te tratasse como um miudo novo...olhar então meu inocente...coração frio que já não sente...resposta como se tu tivesses ai...de novo a loucura como se não houvesse fim...subo a rua mais inclinada...como o declive de cada palavra...lágrimas já no meu rosto...como tudo fosse este oposto...sinto como se fosse cada pedra da calça...como se não houvesse nada...nada como a minha volta existisse...como após isto risse...peguei numa pedra...atirei para o rio...como acabasse de ver o mais sóbrio e sombrio...como ainda acabasse de ouvir a tua voz...olhasse e perguntasse...o que fazias aqui...como de nada tivesse conhecimento...e tudo a minha volta levasse o pensamento...mãos quentes as minhas estão...o que faço eu então...? como eu de preso me tratasse...como nada mais me ligasse...uma raiva que de novo inicia...que aquece o meu sangue...mas tanta coisa e já não sei por onde ando...peguei no que tinha rasgado...mas faltava algo...estava tudo errado...tinha chegado aqui...paisagem tão irreconhecível...mas sensível como eu...que nome dava eu a isto...? tudo o que sempre tenho visto...repetição sempre prolongada...como esta rua fosse tão larga como uma auto estrada...passos meus ficaram marcados...como os caminhos de ferros entrelaçados...voz que ainda persegue...e não teimas em calar...tudo o que agora me faz chorar...chamas e voltas a chamar...como a memoria falhasse...como o eco por si falasse...arrasto da minha mão então...para juntar o rascunho...e o punho em sangue daquele vidro que parti...o muro quase ditava o que escolhi...mas pergunto...para que valia a queda...? se nada nega...o que lá estava...nunca iria valer de nada...que falta então é esta ?...que resta para ver...se ainda me fases mover...pelo que deixas-te...e então assim me marcas-te...olho para as horas e já vi que é tarde...vou ficar calado igual aquele cobarde...termino e deixo aqui a caixa...quem quiser que abra...ou apenas rache...quero voltar...abraçar...a minha casa como uma criança...este que não impede a distancia...a que não sabe ler...a que não sabe o que fazer...fecho os olhos então...como um refugio para o meu consolo da solidão...emoção tão grande acabo eu por sentir...rir e ao mesmo tempo ficar assim...que frase foi então essa..? que deixou...e ditou esta promessa...que me fez procurar o lugar do fim...e dizer que isto era o melhor para mim...?


- quem foi autor e compositor da dor mais prolongada...? quem deixou esta mensagem inacabada...? ainda me fazes continuar...mas juro-te que irei terminar...


- Feito dia 13-05-12 das 19:46 continuado das 21:00 ate as 21:13.