quarta-feira, 16 de maio de 2012

O ator


Sou o ator...apresentador da dor...aquele que finge tudo...o que representa para este mundo...aquele que soube aos maiores palcos...aquele que é capaz de fazer inúmeros atos...sente e tambem não...por vezes ate leva tudo em vão...por vezes toca...chora mas o que importa...é a expressão mais do que dada...ensinada e marcada...algo desde o inicio...como se fosse um único vicio...como que por vezes fosse a tua propria arte...mas é parte...dessa metade...e quem sabe...se isso não e reconhecido...neste momento tão vago e desconhecido...é como algo que há anos trabalhasses...nem estranhasses...mas agora estranhas...e pouco entranhas...mas nem sempre há sorte...e é como se fosse a vida comprada a morte...nem sempre podes ter o melhor papel...mas fazes tudo o que é dado...es obrigado...por mais que tudo seja arriscado...agora talvez não tão pouco sentido...mas perdido...mas do mesmo género...algo concreto...mas difícil...e tentar imitar não seria a melhor solução...quase metade do dia em vão passado...e passas-te...pouco ligas-te...mas os olhos abriste...mentiste para proteger...sabias de tudo o que ia acontecer...sabias que eras o vilão...algo que marcou tanto o teu pensamento...e fez-te ver quem tu és por dentro...se eu fosse autor...eliminava toda essa dor...nada disso existia...só algo do género da fantasia...mas se fosse...se fosse só pouco disso...como descreve...nem mostrava...ignorava e passava...mas estou inserido...não na ficção...e não é como parece...mas na realidade e ela que permanece...e nem um pouco se faz esquecer...e cada coisa que faça faz aparecer...é como esteja entregue...a destruição...a tudo o que me prende o coração...tentei largar...largar só um pouco...e respirar fora da personagem...parecia ver uma margem...mas algo tão pouco sincero...metade de mim como se fosse considerado já velho...e nem objetivo tivesse...e tudo o resto fosse apenas tu... então faz o que quiseres de mim...mete-me como se fosse um figurante...alguém pouco interessante...acaba como tudo o resto...com algo sincero...bem breve e direto...como se de mais nada valesse...como se o teu olhar agora me comesse...como se fosses esquecer de tudo o que ajudei nesta entrada...e para ti já não houvesse mais nada...depois quem ficou com a fama foi eu...mas entreguei tudo o que não era meu...calei então a minha voz...como se de nós tratasse...como se da verdade falasse...meu amigo tu ai...ainda bem que me atiras-te do palco abaixo...se não tinha feito isto um desastre...sai fora de mim... não era nada disto assim...sai de lá outra vez eu...como se nada fosse...e acabei por perguntar onde foste...foi eu...só eu é que me criei num ator...desempanhador...na mudança de sentimentos...argumentos...que nunca foram meus...mas metades teus...deixa então...larga...como tudo voltasse acontecer...como tu voltasses a cometer...algo tão indeciso....quase então como parte acabada...como só eu tambem agisse desta maneira...como visse outro panorama...drama como a parte...como agora partisse para ser encenador...e não como este ator...e da dor nem sequer ouvisse...mas tudo disto sentisse...como tambem nada disto visse...porque eu quero...quero me livrar...de tudo o que foi encenar...e agora faz-me tanto pensar...se disto a minha vida vou fazer...


- fiz o melhor enquanto tive o papel...sofri enquanto olhava para ele...foi entregado então assim...como se algo tivesse haver comigo...


- feito dia 16-05-12 das 14:10 continuado das 20:00 ate as 20:05.